BOB FERNANDES FALA SOBRE O PAPEL DA MÍDIA NO CONTEXTO ATUAL E VÁRIOS PARLAMENTARES PRESTIGIAM O EVENTO

Na tarde desta última terça-feira, realizou-se em Brasília no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, evento promovido pela FEBRAFISCO e diversas outras entidades para discutir o papel da mídia perante a Reforma da Previdência proposta pelo governo federal. O evento foi intitulado “A MÍDIA E O PODER- A REFORMA DA PREVIDÊNCIA”, e teve como palestrante o renomado jornalista Bob Fernandes.

Compareceram ao evento diversas autoridades, lideranças sindicais, parlamentares federais, em que destacamos: Ricardo Berzoini (ex-ministro das Comunicações), Weliton Prado (deputado federal PMB-MG), o líder da minoria na Câmara dos Deputados José Guimarães (PT-CE), o vice-líder da minoria na Câmara, Enio Verri (PT-PR), Adelmo Carneiro (deputado federal PT-MG), Carlos Zarattini (deputado líder do PT na Câmara do estado de SP), o Presidente do Sindireceita, Geraldo Seixas, o Presidente da Pública –Central do Servidor, Nilton Paixão, o Presidente do Sindifisco-MG, Lindolfo Fernandes, o Presidente da FEBRAFISCO, Germano Soares,  dentre outros.

Durante sua fala, Bob Fernandes destacou a pressão sofrida pelos repórteres nos bastidores por parte de seus patrões ao falarem de assuntos relacionados à política como um todo, a fim de que obtenham com suas matérias apoio da opinião pública beneficiando o governo. Fatos facilmente constatáveis neste momento em que o governo propõe reformas duras nas legislações trabalhistas e previdenciárias, pois não há discussões e debates de forma ampla das alterações propostas pelo governo nos meios de comunicação. O palestrante tentou ainda mostrar porque isto tem acontecido, citando como exemplos a alteração da legislação a fim de beneficiar as atuais concessionárias de TV e rádio, a liberação de ajuda financeira e uma possível disponibilização futura de recursos públicos por meio de emendas. Tudo isto as tornam impedidas para atacar, discordar do governo, e o que é ainda mais preocupante, passam a ser defensoras cegas do poder, inclusive com proibições de entrevistar certas pessoas e fazer matérias com certas abordagens. Via de regra, a mídia minimiza a culpa, o tráfico de influência, a corrupção e o fracasso do governo em vários episódios,  quando conveniente, com manchetes distorcendo os fatos como aconteceu com a greve geral do último dia 28, considerada por muitos no exterior a maior em vinte anos, mas praticamente ignorada pela TV brasileira. O palestrante ainda fez uma comparação da mídia do Brasil com países como Inglaterra e Estados Unidos, mostrando como nesses países existe regulação impedindo o monopólio da informação por parte de apenas uma empresa ou grupo o que, infelizmente, não existe em nosso país.

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